Em 2022, o Brasil testemunhou a operação de 114 novas plantas de biogás, marcando um aumento de 15% em comparação ao ano anterior. Esses dados foram revelados pelo Panorama do Biogás no Brasil em 2022, um relatório lançado na segunda-feira (4) pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás), localizado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) em Foz do Iguaçu, PR.
O estudo indicou que o Brasil conta agora com 936 plantas de biogás instaladas, das quais 885 estão em operação, gerando aproximadamente 2,8 bilhões de metros cúbicos normais por ano (Nm³/ano). Dentre as diversas aplicações energéticas do biogás, o biometano se destacou com um aumento impressionante de 82% no número de plantas. Essas unidades são responsáveis por converter 22% do biogás produzido no Brasil, totalizando 359,8 milhões de Nm³/ano de biometano. Para ilustrar esse número, isso equivale a percorrer 3.598 milhões de km/ano com veículos leves e 900 milhões de km/ano com veículos pesados.
Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás, enfatizou que esse crescimento reflete o compromisso dos participantes do setor, que estão investindo em fontes de energia renovável para diversificar a matriz energética brasileira. Ele destacou também o papel crucial da agricultura e pecuária nesse progresso, com 63% das novas plantas em operação em 2022 provenientes desses setores. Isso sublinha a importância das fontes renováveis não apenas em termos energéticos, mas também em como elas podem positivamente impactar várias cadeias produtivas, evidenciando seu valor em diversos setores da economia.
Normalmente, o gás natural emite menos dióxido de carbono do que o carvão, no entanto, cientistas apontam que o foco deve ser inteiramente no aumento de fontes de energias limpas, além do fato de que apoiar novos projetos de gás apenas prolongará a vida útil dos combustíveis fósseis.
Já em relação à energia nuclear, o principal argumento de defesa é que ela não produz diretamente emissões de carbono, mas os argumentos contrários levantam preocupações a respeito da segurança, que inclui como armazenar os resíduos radioativos produzidos por ela. Além disso, as usinas nucleares são caras e frequentemente prejudicadas por atrasos.
Segundo Bas Eickhout, legislador holandês com assento no Parlamento Europeu, à rede CNN, chamar o gás natural de “sustentável” contradiz os apelos da União Europeia ao resto do mundo para descarbonizar suas economias o mais rápido possível.
Embora a proposta tenha sido sugerida meses antes da guerra na Ucrânia, ela ganhou força principalmente pelo fato dos países do bloco serem altamente dependentes das fontes de energia da Rússia, proibidas após o início do conflito.
A União Europeia prometeu reduzir as emissões em 55% em relação aos níveis de 1990 até 2030, e se tornar uma economia de carbono zero até 2050. Desse modo, toda a emissão de poluentes será drasticamente reduzida e as que permanecerem serão compensadas, seja usando métodos naturais como plantio de árvores ou tecnologia para capturá-las.
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